terça-feira, 18 de março de 2014

Cosmococa





A Galeria Cosmococa em Inhotim, revela a intenção de Hélio Oiticica de aproximar a relação entre obra e homem, onde é necessário a participação humana para sentir o propósito deste espaço. Usa de diferentes trilhas sonoras e projeções em todas as cinco salas do prédio. E através do “Quasi cinema”, fica expresso claramente o esforço de Hélio para incluir o espectador dentro de sua arte. A intenção de Oiticica ao desenvolver a galeria é simular o efeito da cocaína, as salas misturam diversão, relaxamento e ao mesmo tento uma certa tensão de seus admiradores.






O edifício é uma intervenção radical na topografia do local, que causa sensação ambígua em quem o observa. Visto de baixo, é como uma cobertura verde que dá continuidade a paisagem ao seu redor; e quando vista do alto apresenta intencionalmente os limites entre edifício e paisagem. A pedra de revestimento do prédio, é a mesma pedra local o que reforça sua integração com a paisagem. Os muros altos, o material utilizado e o próprio formato do edifício causam estranhamento uma vez que se assemelham a uma prisão. Em seu interior, a organização não direcionada dos acessos as salas expositivas, são associadas a mudança e escala e luz, que representam a extensão da natureza, e o fechamento parcial do pátio com passagens estreitas e altas. No hall de entrada é possível se perceber o ambiente climatizado e o chão gelado, Oiticica utiliza colchões, redes, almofadas de formas geométricas, uma piscina, música alta e projeção de slides, para causar a sensação de desprendimento no público, de maneira inusitada onde a experiência vem através do prazer e diversão.

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